Open Finance: como as fintechs reforçam o fim do monopólio bancário?
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O fim do monopólio bancário se tornou uma realidade possível com a chegada das fintechs. Agora, com o Open Finance, esse caminho tende a se consolidar ainda mais.
No Relatório de Economia Bancária 2019, o Banco Central do Brasil (BCB) menciona o processo de inovação dos serviços financeiros e a sua atuação para fomentá-lo.
De acordo com o órgão regulador, sua forma de atuação vem se modificando nos últimos anos.
Como exemplo, se tornou comum a realização de consultas públicas para coletar sugestões da sociedade no que diz respeito às regulamentações do sistema financeiro brasileiro.
Paralelo a isso, o BCB também tem realizado uma série de ações para acompanhar as inovações tecnológicas que afetam o setor, bem como criando condições que incentivam a concorrência entre os participantes desse mercado.
O Sandbox Regulatório, o Sistema Financeiro Aberto (Open Finance), o Pix e as regulamentações que facilitam a atuação das fintechs são provas dessa participação mais consistente do Banco Central para atingir esses objetivos.
Mas quanto tudo isso facilita o dia a dia dos clientes e beneficia os players do setor financeiro?
O que é Open Finance?
Para entender o que é Open Finance, primeiro precisamos voltar um pouco no tempo e conhecer sua nomenclatura até maio de 2021. Pois até essa data, esse processo de reestruturação do mercado financeiro brasileiro promovido pelo Banco Central era conhecido como Open Banking.
Mas, afinal, em que consistia o Open Banking? Ele representa a consolidação de um sistema digital integrado que permite a coleta e o acesso de informações bancárias dos clientes, como seu extrato e histórico de empréstimos, por outras instituições bancárias.
Entretanto, vale salientar que essa disponibilização de dados deve ser concedida pelo próprio cliente. Isso é, seus dados só serão visíveis por outras instituições caso ele dê permissão previamente!
Nesse sentido, qual a diferença entre o Open Banking e o Open Finance? Os objetivos são os mesmos, mas eles se diferenciam pelo alcance.
O Open Finance nada mais é que uma abertura desse sistema para instituições financeiras além dos bancos e fintechs. Dessa forma, agora uma empresa de seguros ou cooperativa de crédito também podem ter acesso a essa base de dados dos clientes, caso eles a conceda!
O que é fintech? Entenda fim do monopólio bancário
Você sabe o que é uma fintech? Caso não tenha reparado, ela significa a união de dois termos em inglês: finance + technology, o que já diz muito sobre o seu conceito.
Uma fintech é uma empresa de tecnologia que busca oferecer soluções financeiras para seus clientes por meio de serviços 100% digitais.
Um banco digital, uma corretora de investimentos totalmente online e empresas de gateways de pagamento, por exemplo, são exemplos desse novo modelo de negócio que veio para ficar!
Antes da chegada das fintechs, a única opção para ter acesso a serviços financeiros era utilizando os bancos tradicionais. Isso dava a essas instituições o poder sobre toda a movimentação financeira do país.
De acordo com o relatório do Banco Central citado anteriormente, 5 grandes bancos concentram mais de 80% dos depósitos e dos empréstimos realizados em 2019.
Uma pesquisa realizada com 800 clientes bancários mostrou que, ainda que 46% dos entrevistados mantenham relacionamento com instituições financeiras tradicionais, esses não se mostram tão satisfeitos quanto os que utilizam os serviços das fintechs.
Enquanto apenas 42% afirmam estarem satisfeitos com os bancos, esse número sobe para 71% entre os clientes das fintechs.
Taxas menores (ou muitas vezes inexistentes), acesso facilitado e desburocratizado a produtos e serviços financeiros e tecnologia a favor do cliente são apenas alguns pontos que têm contribuído para o fim do monopólio bancário com a chegada dessas empresas.
O impacto do Open Finance no fim do monopólio bancário
Nessa trajetória para o fim do monopólio bancário, o Open Finance chega como um forte impulsionador.
O Sistema Financeiro Aberto do Banco Central parte do entendimento que o cliente é o real dono dos seus dados e históricos bancários.
Por conta disso, tem direito de compartilhar todas essas informações com a instituição bancária que considerar ter as melhores condições e ofertas para lhe atender, e isso a qualquer tempo.
Partindo desse princípio, se antes os bancos “prendiam” os dados dos clientes, dificultando iniciarem uma relação com outras instituições, agora, deterão mais público aqueles que oferecerem serviços e produtos menos onerosos e mais adequados para as suas necessidades.
Dessa forma, o Open Finance também contribui para o fim do monopólio bancário, pois abre espaço para que as instituições bancárias consideradas menores possam apresentar suas soluções aos clientes bancários.
Somado a esse ponto, a pesquisa Open Banking Opportunity Index, realizada pela consultoria EY, mostrou que o Brasil apresenta um cenário bastante favorável para implementação do Sistema Financeiro Aberto.
Considerando quesitos como ambiente regulatório, ambiente de inovação, sentimento do consumidor e potencial de adoção, o levantamento coloca o país como o 7º mais receptivo para utilização desse modelo.
Entenda mais sobre o Open Finance assistindo este vídeo que a Zoop preparou ainda no tempo de sua antiga nomenclatura:
Quem está obrigado a participar do Open Finance
Iniciando as operações em novembro de 2020, o compartilhamento de dados é obrigatório a todas as instituições enquadradas nos segmentos S1 (porte igual ou superior a 10% do PIB, ou internacionalmente ativos) e S2 (porte entre 1% e 10% do PIB, ou instituição de porte superior a 10% do PIB não enquadrada no S1).
Além dessas, também estão obrigadas a compartilharem as informações dos seus clientes:
- instituições autorizadas que mantém conta corrente, conta do pagamento pré-paga e/ou conta poupança;
- instituições autorizadas que tenham realizado contratação prévia de correspondente bancário para encaminhamento de propostas de crédito por meio eletrônico;
- instituições iniciadoras de transações de pagamento.
Podem participar de forma voluntária do Open Finance as instituições autorizadas pelo Banco Central, bem como as instituições financeiras e de pagamento. Nesse caso, parte-se do princípio da reciprocidade.
Ou seja, essas instituições podem se beneficiar do Sistema Financeiro Aberto desde que também compartilhem as informações dos seus clientes.
O novo comportamento do consumidor e o futuro do mercado financeiro
Mas o fim do monopólio bancário também está sendo marcado pelo novo comportamento do consumidor. Cada dia mais digital, as pessoas buscam soluções rápidas, práticas, fáceis e acessíveis.
Também segundo a consultoria EY, os brasileiros foram considerados os maiores usuários de pagamento e agregação digital.
Segundo o levantamento, 73% dos entrevistados se sentem confortáveis em utilizar apenas serviços bancários online.
Não podemos deixar de citar as mudanças causadas pela pandemia do novo coronavírus, que incentivou o uso dos pagamentos digitais como uma das maneiras de evitar a proliferação do vírus.
Um levantamento apontou que as expectativas dos clientes bancários já estavam se modificando antes mesmo da pandemia, fazendo com que as instituições bancárias entregassem cada vez mais tecnologia e transformação digital.
Mas com a chegada da Covid-19, a digitalização do dinheiro se tornou ainda mais evidente.
O estudo em questão mostrou que 57% dos entrevistados deixaram de utilizar cédulas e aumentaram o uso de meios de pagamentos digitais como cartão de crédito (+7%), cartão de débito (+10%) e pagamentos online (+14%).
Entenda mais sobre os impactos da digitalização do dinheiro ouvindo este episódio do Papo na Nuvem:
Como participar do fim do monopólio bancário
De maneira resumida, é possível dizer que o fim do monopólio bancário está pautado em inovações.
No caso do Open Finance, especificamente, o poder de decisão agora fica nas mãos do usuário, que passa a ter total liberdade para migrar entre as instituições que melhor atenderem às suas necessidades.
Dentro desse novo contexto, vão se destacar os players que oferecerem acesso mais fácil, rápido e barato a produtos e serviços financeiros, com vantagens que se destacam dos concorrentes, bem como soluções personalizadas para cada perfil de cliente.
Uma maneira de atender a esses e a outros quesitos é utilizando uma plataforma Banking as a Service, ferramenta que permite que a sua empresa se transforme em um banco digital sem precisar de um banco tradicional para isso.
Com o Banking as a Service você passa a oferecer aos seus clientes conta digital, cartões, serviços de transferência, de pagamento e muito mais, tudo com a sua marca, sem se desviar do seu core business e gerando uma nova fonte de receita para o seu negócio.
Quer entender como isso é possível? Conheça o Zoop Banking, converse com um consultor e veja como disponibilizar aos seus clientes o banco do futuro!
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